domingo, 9 de setembro de 2012







Menina de cabelos negros




Menina de cabelos negros e os olhos artificialmente puxados

Menina de cabelos negros, sentada e concentrada ao olhar para o horizonte

Menina de cabelos negros sempre a imaginar um mundo diferente do qual vive

Menina dos cabelos negros a chorar quando lábios armados dispararam palavras de fogo
Em teu coração frouxo

Menina de cabelos negros, a temer em buscar respostas de perguntas das quais não a 
pertence.




Juliana Stefany

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


- Promete continuar sorrindo quando eu for embora?
- Como?

Como sorrir sem teus braços entrelaçados em meu corpo  como um suave  cobertor ao me proteger do vento da tristeza?

Como sorrir sem esse sorriso de luz branca como abajur ao iluminar minhas noites vazias  e o breu da solidão?

Como sorrir sem a melodia de sua voz tocando suavemente ao meu ouvido?Como sorrir sem essa tua energia gentil de paz?

Como sorrir sem sua voz me pedindo com gentileza para não me questionar ou pensar tanto?

Como deixar que a árdua realidade dos jornais não machucasse meu coração sem ti aqui para me dizer bonitas bobagens com o simples intuito de me fazer sorrir?

            - Lembraste que eu te amo e mesmo longe, sempre estarei com você.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


O gelo e o ódio

 O ódio é amargo.  Sua presença é dolorosa. Teu cheiro é ruim. Teu ar, gélido.
 Você esperou o momento certo, a pessoa certa,  as palavras adequadas e o ponteiro exato.  Depois de anos veio visitar meu coração doente.  Você veio me mostrar que a vida não é tão contente. Veio me dizer que não mereço ter um pai presente. Mas sua visita não durou tempo o suficiente,  tempo para que os suas intenções endurece- se o meu coração sofrido.  Fui agiu. Sabia, talvez.  Ao sentir sua presença,  me assustei. Fugi.  Caminhei até a janela. Esquentei meu café amargo. E olhei para aquele céu azul breu. De fundo uma musica a tocar. Vozes chorosas  como trilha sonora daquela novela devastadora, a qual eu e você  participávamos.
Um gelo em forma humana e três corações ardentemente chorosos. Claro, que esses quatro elementos não podem viver na mesma corrente, viver no mesmo lar. Não há soluções  químicas o suficiente neste mundo que  consiga fazer o gelo e o fogo andar de mãos dadas.  Não há laços entre o amor e o ódio, não há junção entre a harmonia e o egoísmo.
Por isso meu amigo, gelado. A porta é a serventia da casa. Ah, e, por favor, leve o ódio que você trouxe   a mim na sua mochila. Ambos não me fazem bem. Talvez  em algum entardecer, nós se esbarremos por ai. 
Esbarremos-nos para que , você caia. Caia, e quebre este coração de pedra gélida. Que  este esbarrão destrua todo o egoísmo, indiferença e a falta de compaixão, que existe nesse coração que  aliás, parece mais uma geladeira.
Que em alguma data de agosto, você se lembre de que em sua vida existiu quatro pequenas chamas de amor em seu caminho, há qual o único intuito deste  fogo era derreter este homem de gelo que aos poucos você se tornou. Rezo, para que dia as chamas do amor volte brilhar em  seu caminho, fazendo deste homem gelado ser quente e agradável como um fogão a lenha.
Juliana Stefany

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


 Acredito que nem com todos 
os  dicionários do mundo 

seriam capazes de distinguir as verdades daquela pequena frase:
- Eu acredito nas pessoas,  confio nelas.
 (um ser desconhecido e aparente nada normal)
O autor da frase com um sorriso no rosto e logo após de cuspi La na menina de cóque engraçado, ousou uma piscadela.
 A menina fecha seu livro de capa branca, e julga aquele ser um tanto masoquista
- Só pode gostar de sentir dor.

- Qual é o problema, dele?

O Autor continua a caminhar livre sorrindo, mancando.


- Qual é problema, dela?

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tudo que eu faço parece suspeito. Acho que até eu mesma pareço suspeita [...]. Eu tenho certeza de que vou ser parada por alguém, jogada contra a parede, e que eu mereço isso, embora não saiba o porquê.


- Autor desconhecido.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Solidão

      


Ela é quieta. Não se queixa. Não te Julgas
   Ó Solidão fique aqui perto de mim. Solidão não me abandone.
Solidão sem ti aqui meu pobre coração senti fome. 
Ó solidão, aprecio sua presença.
Vamos viver essa tarde sem sentença
Pegue minha mão, que eu deito em seus braços
Tua voz é agridoce, teu cheiro gostoso como
As paginas de um livro velho
Para ti faço este poema, minha  companheira
Pra minha serena agridoce solidão
Que  afasta de mim toda essa gente 
Pra minha amiga solidão que me deixas
em paz  apenas com um bom livro na mão.


                                                                   Juliana Stefany
     

domingo, 12 de agosto de 2012


A flor mais bela do meu Jardim
Mulher forte Guerreira
A mulher que me inspira 
Que protege, abraça e cuida
A mulher que sonho em ser um dia
A minha estrela guia
Minha alegria 
Mulher que nao desiste
Mulher de coração forte 
A mulher que nao me deixa sentir a ausencia
A mulher que é a razão da minha vida
A inspiração deste poema
Rose Cleide ó minha rosa
Obrigada por também ser meu Pai.






Cartas para Michel



(Matando – me suavemente)



  No fundo eu sabia que aqueles sonhos com você procuravam me preparar para o inevitável. Senti eles me avisarem e chorei por me conformar em saber que nada podia se fazer a respeito.  Por dias  chorei a cada final de tarde ao lembra. Senti-me inútil por varias vezes, me senti presa em uma gaiola trancada chamada mente onde lá fiz planos milaborantes para tentar ti salvar dessa vida tão medíocre. Criei asas, para te tirar dessa masmorra tão alta onde  inevitavelmente você cairia, se machucaria e voltaria para aquela sua vida  que  por anos me narraram.
 Por mais que sabemos que o final seja sofrível nunca estamos realmente preparados para ele. A sempre aquela dor aguda que sufoca o nosso peito. E assim me sinto agora. 
Todos sabiam. Eu não sei se eu realmente sabia, ou simplesmente acreditei que dessa vez tudo seria diferente. Acreditei tanto que tive medo de ligar. De ouvir noticias que por meses meu coração avisou que iriam chegar. Foi inevitável. Liguei. Meu coração por menos surpreso que estava, chorou. As nuvens do meu céu ficaram cinzas.   Uma voz Divina  pediu – me força.  Calei-me. Engoli aquela dor  em seco. Ela foi para o lugar onde já estava habitada a morar, o coração. Não foi perceptível, não deixei – me transparecer.As pessoas nunca entenderiam. Tudo bem, não as jugo. Nem eu entendo, essa ligação  tão profunda e intensa. Não peço entendimento se nem a mim faz sentido  esses turbilhões de sensações que desde quando você chegou  derrepente surgiu dentro de mim.
 Eu nunca exigi a ti  atenção, dinheiro ou ao menos cuidado. Mesmo por que reconheço que disso que não senti falta, afinal em meu caminho sempre teve aquela fada que cuidou de mim e cuida até nos dias de hoje. A fada me avisou. Mesmo assim criei pra você um mundo novo. Oh, menina ingênua.  Da onde ela tirou isso? Você criou um personagem que sempre quis fugir dos palcos de sua vida.
 Apenas queria de ti cuidados contigo mesmo, juízo e talvez um pouco de compaixão com aqueles que agora choram por decepção de suas atitudes já esperadas.Não te julgo. Não te entendo. Não ti quero mais por perto. Perdoa – me. Temi que eu  iria te abandonar emocionalmente. Conheço-me bem. Menina teimosa. Conheço a essa menina tão bem ao ponto de saber que ela nunca conseguiria te abandonar por inteiro. Um pouco de ti  faria parte dela. O por quê? Não se sabes...
A vontade que tenho é de ti abandonar. Deixá-lo para trás. Mas não consigo, hoje entendo o por que. Não quero ser como você. As vezes sinto vontade de te ligar, falar o que penso, o que acho que você precisa ouvir. Repenso. Melhor não, já tem corações machucados demais para um mesmo final de novela. Ou não.
 Escrevo essa crônica pra tentar tirar um pouco dessa dor de mim ou melhor  você de mim. Sacrifício de tolo.
 Só queria deixar claro que... Eu ainda sim torço pra sua vida dar certo, eu fazendo parte dela ou não.

 - Existe esperança, corpo e sangue.


Personagens


 Olhei pra trás e enxerguei a mim interpretando vários personagens. Surpreendo-me pela quantidade de personalidades distintas. Ligo a televisão da mente e coloco no canal onde esta reprisando meu passado.
 Lá esta, aquela menina com os seus livros didáticos  em mãos  andando nas ruas de paralelepípedos  com a cabeça baixa, meia desengonçada, acanhada e com a cabeça no mundo da lua. Ela entra  em sua sala de aula e tira um dez em matemática. Bateu o sinal. Hora do intervalo. De braços  entrelaçados na sua amiga de cabelos enrolados,  andando até a cantina,  compra aquele salgadinho mucho de requeijão que por sinal ela adorava. No canto do pátio a menina sempre a imaginar, sempre a sonhar em fazer parte daquele grupinho de patricinhas. Imagine só, ter  aquele cabelo longo e escorrido,  aquele celular que tira foto, um corpo de manequim,  ser boa em vôlei,  ser popular, e ainda admirada pelos meninos?
   Ela retorna  a sala, meio cabisbaixa.  Senta em sua carteira e logo Toca o sinal. Hora de ir embora.  Por longos anos essa menina viveu assim, querendo ser alguém que não era.
Até que ela chegou a “ser” o que queria. Arrumou o cabelo, fez dietas,  comprou aquela blusa da moda, um gloss caro, conheceu novos garotos, esnobou alguns, beijou outros... E assim ela foi vivendo.
Ela cresceu dando valor apenas  sua aparência, transmitiu isso então era o único valor que ela tinha para as pessoas, que era o seu rosto bonito.
Um certo dia ela percebeu isso. Não gostou. Pela primeira vez parou e pensou sobre sua própria personalidade. Viu apenas, vaidade em si própria. Ainda por alguns tempos mentiu  pra si que  não tinha problema nenhum em gostar de coisas fúteis.
 Ela foi crescendo. Sua metides  foi sumindo, sua vontade de assistir aquele programa de moda desaparecendo, ela não fazia mais escândalo se alguém a vice despenteada... Ela sem perceber estava mudando, mudando de amigos, de modo de pensar, mudando seu próprio mundo .
-  Ela não estava mudando ela estava crescendo.
Até que finalmente ela abriu os olhos para o mundo, não tinha mais aquela visão da vida que os filmes da Disney Channel  transmitia.
Nos tempos de hoje,  ela tem um melhor amigo que gosta de rock, um namorado legal; nos tempos de hoje ela não gosta de pentear o cabelo, de manhã pega a primeira roupa que encontra, arruma seus livros e sai correndo para pegar o ônibus da escola; nos tempos de hoje  ela é segura,  menina de personalidade forte e sorriso bonito.
A mesma menina que julgavam patricinha há alguns anos atrás hoje, é apenas aquela garota com um coque bagunçado na cabeça, sentada de pernas de índio lendo um livro em alguma parte do pátio da escola que tenha sol.


Liberdade - de - expressão?


Ontem li alguns textos de uma autora nova que por algum acaso encontrei no youtube. Apreciei. Admirei a sua coragem de expor seu modo de pensar, assim tão livre, sem meias palavras, sem medo, ou até mesmo vergonha do que poderiam pensar  ou julgar. Isso me fez pensar sobre mim. Fez eu me auto questionar. 
Sera que algum dia vou conseguir colocar todos esses pensamentos pra fora? Assim, sem medo  algum e com o coraçao cheio de coragem? Sera que um dia vou deixar aqueles meus textos esquecidos e escondidos livres para serem expostos? Sera que um dia me liberto desse meu preconceito de achar que alguem poderia se ofender com o meu modo “diferente” de pensar? 
Sou o tipo de pessoa que acredita que todo mundo tem o direito de ver a vida do modo que preferir. Porém, quando o assunto se trata da minha propria ” liberdade —de - expressão”  recuo, minha coragem vai logo pra de baixo do tapete e mais uma vez engulo aqueles pensamentos/ideias que acredito que podera causar danos no coração de alguem. Fofo,mas errado. Refleti por varias vezes o porque eu me sinto assim. Encontrei a resposta.
Por varias vezes expus meus pensamentos assim livremente, como a autora que citei no começo do texto. A sequencia daquele vomito de palavras sempre resultava no mesmo final cliche: Julgo.
Quando voce expõe um pensamento, voce pode até achar que esta simplesmente expondo seu ponto de vista. Porem os ouvintes presentes,  sempre vao entenderem como quiserem.
Por isso você ai que esta relendo este texto, é voce mesmo. Lembre - se disso. As pessoas sempre vao entender da forma que convem pra elas. Nao se importe mais com isso. Afinal, penso da seguinte maneira: sou responsavel pelo que eu digo nao pelo que voce entende.
 Este texto pode nao fazer sentido pra você, é que na verdade ele foi escrito pra mim reler quando o julgo das pessoas e a falta de bom senso falar mais alto do que a voz sincera do meu coraçao.

5:34 PM

[…] Jesus fez uma pausa e retomou com uma voz firme e paciente.
- Como eu disse nao crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto de religiões.

-  A Cabana
[...] Aqui neste planeta  chamado Terra, voce planta amor e lealdade e  colhe egoísmo e coração partido.

Julifany

Paranoia


                                                

O que eu senti hoje foi surreal. Aquele medo invadindo meu peito, enchendo minha mente de lembranças e filmes dos quais vivenciei, me lembrando de todos os finais medíocres, de todas as palavras decoradas, de todos os enjoou que causei.
Por um momento nao raciocinei, simplesmente senti o gosto amargo do abandono na boca, vestindo meus olhos d’água   e sufocando meu  doente coração. Que por sinal, nao deve ter ficado tao surpreso com todas as sensações que senti. Já estava acostumado, para ele a resposta é que ” sempre é o mesmo final sofrivel de novela” eo safado ainda joga na minha cara dizendo ” eu ti avisei” Pera ai coração, quem se entregou por si foi voce! Não venha me culpar. 
E, é assim que vivo por dias. Brigando com o meu coração. Buscando respostas em alguma MPB. Escrevendo este texto. Eu sou mesmo assim. Como diz Fernanda Mello menina de frases e fases.
Só pra esclarecer, entrei em um acordo com o meu teimoso coração. Resolvemos praticar reciclagem. Tudo que me faz bem, agora estar em um lugar amplo e seguro, posso lembrar e reutilizar quando preferir. Já os filmes tristes, correntes do passado, finais de novela, lembranças gélidas.. Tudo isso foi direto pro caminhao de lixo que espero, que esteja bem distante dessa minha mente, que quando o assunto é confusao e paranoia confessemos que não precisamos de ajuda, não é mesmo coração?

Bibliotecaria



Olá, meu nome é Juliana Stefany tenho 16 anos. Criei o blog com o simples intuito de expor meus textos, crônicas e poemas, discutir sobre livros, e diferentes tipos de literatura.
Gosto de café, MPB e rock. Para mim Renato Russo foi o melhor poeta que já existiu em solos brasileiros.
Não gosto de rotinas, doutrinas e qualquer  tipo de hipocrisia.
 Seja bem vindo (a) !